Playlist #9 – Max Fernandes Posted in: Eventos, Playlist

Playlist #9 – Max Fernandes

lado a – 6, 7, 8, 13, 14 e 15 de abril – 22h00

‘o pássaro voa por onde tem espaço’, 2011
2’41’’

‘libertação’, 2014
3’57’’

‘à volta’, 2014
4’42’’
a partir de um momento do despertar, numa época obscura, tudo à volta está moribundo.

‘e como disfarçar os móveis velhos’*, 2013
5’50’’
viagem de um sentido entre a fábrica abandonada e a casa de serralves.
o percurso de comboio foi feito tantas vezes quantas fui trabalhar para a grande cidade. já integrei a grande migração diária casa-trabalho. mas neste dia, porque aconteceu num só dia, o espírito era outro. já não era para o trabalho obrigatório, por isso, a sensibilidade estava mais aguçada. os planos do filme estavam planeados: a paisagem dos rios vizela e ave não fugiam ao comboio urbano que os serpenteia, e no porto só queria a cor exterior da casa e os seus lagos rectilíneos.
a motivação era forte, encontrar-me-ia com o mauro no início da tarde para agendar uma exposição. era de ideologia que ia a pensar.
*poemas quotidianos (porto, 1952-1962), de antónio reis
(ed. portugália, janeiro de 1967)

‘caldeiroa’, 2014
22’
vídeo-investigação do espírito da fábrica onde funcionam o meu atelier e a galeria o sol aceita a pele para ficar.

‘e.n.v.c. (estaleiros navais de viana do castelo)’, 2014
23’23’’
o dia 21 de fevereiro de 2014 foi o último dia do prazo dado para os trabalhadores dos estaleiros navais de viana do castelo rescindirem os seus contratos com a empresa.

‘bola de cristal’, 2015
15’35’’

 

lado b – 20, 21, 22, 27, 28 e 29 abril – 22h00

‘relógio’, 2010-2017
vídeo-instalação, 1 canal (loop)
registo da minha mão durante 4h35min, enquanto acompanha o compasso do relógio.
biografia:
max fernandes (guimarães, 1979), filho de operários, vive e trabalha em guimarães.
tem trabalhado de forma colaborativa (com outros artistas ou com a comunidade em geral) e também individualmente. o seu trabalho tem sido apresentado em exposições, teatro ou festivais de cinema e/ou vídeoarte.
das colaborações são destacados bufos (na exposição individual de josé almeida pereira) no centro cultural vila flor, em guimarães (2017); conversas submersas (com josé almeida pereira), para o a2 reflexões e produções em modo de conversa em torno da arte contempor nea, organizado por andré alves e juan luis toboso, na casa museu guerra junqueiro, no porto (2013); a escola, teatro do oprimido que decorreu em pevidém, guimarães (2015).
dos projectos colectivos são destacados o laboratório das artes (2004-2006), o tecer outras coisas (2011-15), a colaboração no colectivo internacional wochenklausur (2012), rastilho (2012-13), actualmente, e, em progresso, as assembleias populares da caldeiroa (2016).
das exposições individuais são destacadas cão-rio (saco de arroz cozido no chão), e trabalho, respectivamente, em 2016 e 2013, no uma certa falta de coerência, no porto. das exposições colectivas são destacadas território trabalho – 10 anos laboratório das artes, no centro cultural vila flor, em guimarães; bienal da maia – momento i – viagem ao princípio do mundo, no fórum da maia, maia, ambas em 2015.
ultimamente, tem trabalhado o atelier como “aparelho de produção” para reclamar a transformação social, o que inclui vários meios como cartazes, panfletos, vídeos, desenhos, encontros, etc.
em conjunto com filipa araújo gere e suporta o espaço o sol aceita a pele para ficar, em guimarães, desde 2015.

http://maxfernandes.net

(inglês)

side a – 6, 7, 8, 13, 14 and 15 april – 10:00pm

‘o pássaro voa por onde tem espaço’, 2011
2’41’’

‘libertação’, 2014
3’57’’

‘à volta’, 2014
4’42’’
from a moment of awakening, in an obscure time, everything around is dying.

‘e como disfarçar os móveis velhos’*, 2013
5’50’’
one-way journey between the abandoned factory and the house of serralves.
the train journey was done as many times as those i went to work in the big city. i have already integrated the great daily migration home-work. but on this day, because it happened in one day, the spirit was another. it was no longer for compulsory work, so my sensitivity was sharper. the plans of the film were planned: the landscape of the rivers vizela and ave did not escape the urban convoy that snakes them, and in porto i only wanted the exterior color of the house and its rectilinear lakes.
the motivation was strong, i would meet with mauro early in the afternoon to schedule an exhibition. it was of ideology i was going to think.
*from the book poemas quotidianos (porto, 1952-1962), by antónio reis
(ed. portugália, january 1967)
‘caldeiroa’, 2014
22’
video-investigation of the spirit of the factory where my studio and the gallery o sol aceita a pele para ficar are set.

‘e.n.v.c. (estaleiros navais de viana do castelo)’, 2014
23’23’’
february 21, 2014 was the last day of the deadline given to the workers of the shipyards of viana do castelo to terminate their contracts with the company.

‘bola de cristal’, 2015
15’35’’

side b – 20, 21, 22, 27, 28 and 29 april – 10:00pm

‘relógio’, 2010-2017
vídeo installation, single channel (loop)
a recording of my hand for 4hours and 35 minutes, as it keeps track of the clock.
biography
max fernandes (guimarães, 1979), the son of workers, lives and works in guimarães.
he has worked collaboratively (with other artists or with the community in general) and also individually. his work has been presented in exhibitions, theater and in film/ video art festivals.
of his collaborations, highlights include bufos (for the solo exhibition of josé almeida pereira) at the centro cultural vila flor, in guimarães (2017); conversas submersas (with josé almeida pereira), for the a2 reflexões e produções em modo de conversa em torno da arte contempor nea, organized by andré alves and juan luis toboso at the guerra junqueiro house museum, in porto (2013); and a escola, teatro do oprimido, held in pevidém, guimarães (2015).

collective projects include the laboratório das artes (2004-2006), the tecer outras coisas (2011-15), the collaboration with the international collective wochenklausur (2012), rastilho (2012-13), and currently, in progress, the popular assemblies of caldeiroa (2016).

solo exhibitions include cão-rio (saco de arroz cozido no chão), and trabalho, respectively in 2016 and 2013, at a certain lack of coherence, in porto. group exhibitions include território trabalho – 10 anos laboratório das artes, at centro cultural vila flor, in guimarães; bienal da maia – momento i – viagem ao princípio do mundo, in the forum of maia, maia, both in 2015.
lately, he has been working on the studio as a “production apparatus” to claim social transformation, which includes various media such as posters, pamphlets, videos, drawings, meetings, etc.
together with filipa araújo, he manages and sustains the space o sol aceita a pele para ficar in guimarães, since 2015.

http://maxfernandes.net

« Playlist #10 – Ana Deus
Playlist #8 Susana Mendes Silva »